sábado, 5 de setembro de 2009

Crônicas de uma morte escancarada no centro de BH....menos uma Ana

Uma mulher foi assassinada na noite de ontem no coração de Belo Horizonte, na Praça Sete. Segundo a reportagem acredita-se que a motivação do crime tenha sido passional. Mas, o que me chamou a atenção foi a exposição do crime.
A avenida Afonso Pena é uma das principais avenidas da capital mineira e o assassino decidiu vitimar sua companheira no principal quarteirão da via. Na Praça Sete existe uma câmera de segurança do "Olho Vivo" da Polícia Militar, um posto polícial como policiamento 24hs, dezenas de linhas de ônibus em vários pontos, intenso fluxo de pessoas (especialmente em uma noite de sexta-feira véspera de um feriado prolongado) e é um dos cartões postáis da bela Belo Horizonte.
Se o autor buscou uma visibilidade da tragédia que ele causou, ele conseguiu. Não somente a tragédia de um crime passional ficou visível, mas a tragédia de centenas de mulheres que são vitimadas, algumas em praça pública, outras não. Quando esse homem disparou três vezes contra o rosto dessa mulher em praça pública ficou claro como a violência de gênero existe e prescisa urgentemente acabar.
Foi um ato que lembra os tempos antigos e os atuais alguns lugares em que a mulher era e ainda é chicoteada em praça pública por razões culturais e religiosas.
Ela não foi chicoteada, foi alvejada por disparos de arma de fogo.
Homem mata namorada na Praça 7 e atira contra a própria cabeça
Elaine Resende - Portal Uai

Uma mulher foi assassinada pelo namorado, na noite dessa sexta-feira, na Avenida Afonso Pena, próximo à Praça Sete, no Centro de Belo Horizonte. O homem tentou se matar com um tiro na cabeça, mas foi socorrido e levado em estado grave para o Hospital de Pronto Socorro João XXIII. Ele está internado e seu quadro evolui para a morte cerebral.O fato ocorreu por volta das 21h e uma multidão se aglomerou para ver a cena do crime. Segundo o policial civil Mendes, Ângelo Márcio Barbosa Damascena, de 35 anos, trabalhava como motorista e se encontrou na noite de ontem com a namorada, com quem havia reatado o romance há cerca de três meses. O chefe dele, Maurício Botelho, foi chamado ao hospital onde relatou que seu empregado tinha um comportamento exemplar.Durante a tarde, Maurício disse que Ângelo lavou a kombi usada para transporte de cargas e pediu um adiantamento de salário. O patrão entregou R$ 500 ao funcionário. O suspeito também pediu o veículo emprestado. Conforme o agente policial, Maurício estava muito abalado e não entendia os motivos que levaram Ângelo a praticar tamanha violência.A vítima, Regiane de Oliveira Barcelos, de 35 anos, levou ao menos três tiros no rosto. O corpo dela ficou estendido na calçada de uma das principais vias da capital até a chegada da polícia, o que chamou a atenção dos pedestres. Uma testemunha ouvida pela equipe de reportagem da TV Alterosa contou que viu o casal passar de mãos dadas e, logo depois, escutou o barulho dos disparos.Na madrugada deste sábado, foi feito exame para comprovar se havia pólvora nas mãos de Ângelo, que segue internado nesta manhã em estado gravíssimo. Ele atirou no ouvido e a bala atravessou a cabeça. A arma usada foi um revólver calbre 32. Acredita-se que a motivação tenha sido passional.

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