Pedro Ferreira - Estado de Minas
Um crime passional chocou moradores do Bairro Alto dos Pinheiros, Região Noroeste de Belo Horizonte, na noite dessa quarta-feira. Inconformado com o fim da união de quase 30 anos com a secretária Fátima Ferreira Dias, de 50 anos, o serralheiro Reginaldo Lúcio Barreto, de 52, assassinou a ex-companheira com dois tiros. Em seguida, ele se matou com dois disparos na cabeça. O crime aconteceu no prédio onde Fátima morava com o filho, na Rua Bueno de Prado.
Vizinhos disseram que o serralheiro havia deixado a mulher e o filho, de 26 anos, mas, de vez em quando, passava a noite no apartamento. Por volta das 22h30 de quarta-feira, Reginaldo foi visto chegando e minutos depois houve os disparos. Vizinhos pensaram que fossem fogos de artifício, pois a TV transmitia uma partida de futebol e torcedores comemoravam um gol.
Os corpos do casal foram encontrados pelo filho do casal, no início da madrugada, que precisou arrombar a porta do imóvel para entrar. O pai estava caído no corredor, com os pés voltados para o quarto e entrelaçados com as pernas da mãe, em meio a uma imensa poça de sangue. A arma, um revólver calibre 32, estava sobre a barriga da mulher. Fátima levou um tiro no lado esquerdo da face e outro no olho direito. O filho entrou em desespero ao ver a cena e foi retirado do local por outros parentes. O casal deixou outra filha mais velha, que é casada. Segundo os vizinhos, o serralheiro ainda estava vivo quando o filho chegou, mas morreu antes da ambulância chegar. Além dos tiros, ele sofreu traumatismo craniano ao cair e bater com a cabeça.
Uma moradora do prédio contou que o casal era tranquilo e que nunca presenciou brigas ou discussões. "Fátima era uma mulher alegre e começou a fazer faculdade recentemente. Já o marido tinha uma serralheria aqui perto e se mudou para outro lugar recentemente. Parece que ele estava com ciúmes dela", disse. O genro do casal é um capitão da PM e discutiu com policiais que não preservaram o local do crime para perícia.
Fonte: Portal Uai
Comentário do blog:
Caso típico de violência doméstica contra a mulher que nesse caso resultou em assassinato. O marido não aceitou a separação e premeditadamente atirou com uma arma de fogo contra a sua ex-companheira. O suicídio completou o egoísmo da não aceitação da escolha da mulher em terminar a relação. Nesse caso chamamos a atenção também para a posse da arma de fogo e a questão do controle de armas no Brasil. Talvez se a dificuldade em se conseguir uma arma nesse país fosse uma grande barreira será que esse assassino suicida teria cometido ou crime? As vezes sim e as vezes não, mas haveria uma possibilidade. O alcool, as drogras e a arma são, no contexto da violência doméstica, um potencializador da agressividade masculina e juntamente com um trabalho de consientização sobre as relações de gênero, deveriam ser alvo políticas públicas sérias e comprometidas com a redução da violência e criminalidade e com o aumento da qualidade de vida dos cidadãos.
André Silva
André Silva
Um comentário:
este capitão está equivocado,nem o samu pode tocar na cena do crime para não descaracterizar
Postar um comentário