segunda-feira, 10 de maio de 2010

Rosa Parks, símbolo da luta anti-racista e feminista nos EUA.


 

Na década de 1950, uma costureira negra desencadeou um dos maiores manifestos civis da história dos Estados Unidos. Rosa Parks, falecida em 2005 aos 92 anos, tornou-se símbolo da luta anti-racista e feminista nos EUA quando, em 1955, negou-se a levantar para um branco tomar seu lugar.

Na época vigorava a lei Apartheid, política de segregação racial inicializada na África do Sul pelos europeus que estavam colonizando a região. Dentre as várias restrições impostas pelos colonizadores brancos aos negros estavam o não acesso ao voto e a proibição de se candidatarem a cargos públicos.

Parks foi presa e multada por não ter cedido seu lugar no ônibus, pois, segundo a lei vigente, os brancos tinham preferência, algo como possuem hoje idosos, obesos e grávidas em transportes públicos. Sua detenção provocou a reação da comunidade negra local (Alabama), marcando o início da luta pelos direitos civis dos negros nos Estados Unidos.

Foi então organizado pelo pastor da Igreja Batista, até então desconhecido, Martin Luther King Jr, um boicote de 381 dias ao sistema de ônibus. A manifestação atingiu seu auge em 1964, culminando na Lei Federal dos Direitos Civis, que baniu todo tipo de discriminação racial em qualquer estabelecimento público. Outras conquistas foram precedidas de atentados até que, em 1965, Luther King, junto de 25 mil pessoas, realizou uma marcha reinvindicatória, resultando na lei que garantia aos negros o direito ao voto, assinada pelo presidente Lyndon Johnson.

Para Parks, após sua soltura, existiu uma grande dificuldade para encontrar trabalho no Alabama, além de receber constantes ameaças de morte. Em 1957 decidiu se mudar para Detroit, onde trabalhou como assistente no escritório de um congressista democrata e se tornou uma figura reverenciada. Em 1996 foi premiada com a "Medalha Presidencial pela Liberdade" e, em 1999, durante o governo do democrata americano Bill Clinton, foi outorgada a ela a Medalha de Ouro, considerada a mais alta honraria civil dos EUA.

Fonte: Portal Ciência e Vida
http://sociologiacienciaevida.uol.com.br/ESSO/Edicoes/22/artigo127779-3.asp

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