sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Polícia de MG caça serial killer que teria matado Ana Carolina

Polícia caça assassino de mulheres na Grande BH

Pedro Ferreira - Estado de Minas
Publicação: 02/02/2010 06:21

A polícia está à caça de um assassino em série que ataca mulheres no Bairro Industrial, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e é responsável por pelo menos três mortes na Grande BH. Em abril, setembro e outubro, três vítimas desapareceram no bairro. Todas foram estupradas e estranguladas. Exames recém-concluídos pelo setor de Biologia do Instituto de Criminalística comprovam que é da mesma pessoa o esperma encontrado nos corpos, dois deles localizados em pontos próximos, na capital. O serial killer pode ter agido ainda em dois outros casos registrados em 2009: o sumiço de uma mulher em janeiro, no Bairro Lindeia, Região do Barreiro – cujo corpo foi encontrado em adiantado estado de decomposição, impedindo a coleta de sêmen – e o desaparecimento de uma estudante, também no Barreiro.
Várias outras coincidências levam a polícia a acreditar que está lidando, nesses casos, com um único criminoso. A partir das informações já levantadas, médicos legistas, agentes, peritos e delegados estão montando uma força-tarefa com o Ministério Público Estadual para traçar o perfil e chegar ao autor dos crimes.
Segundo informações obtidas pelo Estado de Minas, o assassino da empresária Ana Carolina Assunção, de 27 anos, que foi violentada e morta dentro do seu carro, ao lado do filho de 1 ano e dois meses, em um crime que chocou o estado, é o mesmo homem que matou a empresária Maria Helena Lopes Aguiar, de 48, e a contadora Edna Cordeiro de Oliveira Freitas, de 35. O corpo de Ana Carolina foi achado no Bairro João Pinheiro e o de Maria Helena, no Califórnia, ambos na Região Noroeste da capital, separados pelo Anel Rodoviário de BH.
Em 16 de abril do ano passado, o corpo de Ana Carolina foi encontrado seminu no banco traseiro do seu Palio Weekend. Ela foi estrangulada com o cadarço do tênis e violentada. O bebê não foi agredido e dormia sobre o peito da mãe. A família deu falta do celular, mas R$ 210 foram achados sob o banco e o aparelho de som do carro não foi levado. O drama da família começou por volta das 18h de 16 de abril, quando a empresária foi com o filho buscar a mãe na loja, no Bairro Industrial. A mãe da vítima, que já tinha trancado o estabelecimento e aguardava do lado de fora, estranhou ao ver o carro da administradora passar direto. Informado sobre o episódio, o marido da empresária ligou para o celular da mulher e ela disse que estava tudo bem e que havia chegado em casa, o que não era verdade.
O irmão da administradora, Jair Vinícius Menezes Assunção, de 22, foi avisado da suspeita de sequestro-relâmpago e também telefonou para Ana Carolina, que repetia o tempo todo que estava bem e, diante da insistência, pediu que ele não fizesse tantas perguntas. Nessa ligação, o rapaz ouviu vozes masculinas mandando a empresária andar mais rápido. Depois de 20 minutos, o telefone foi desligado. O carro foi encontrado mais tarde, na Avenida Governador Benedito Valadares, no Bairro João Pinheiro, Região Noroeste de BH, na marginal da Via Expressa, em local deserto e de pouca iluminação.
Outra vítima do maníaco foi encontrada em local vizinho. O corpo de Maria Helena, que desapareceu em 17 de setembro de 2009, no Industrial, foi achado no dia seguinte, no banco traseiro do seu Punto, no Bairro Califórnia, também na Região Noroeste de BH. Maria Helena era dona de duas lojas de confecções no Barro Preto, Região Centro-Sul de BH. Ela foi estrangulada com o cinto de segurança do carro. Nada foi roubado, mas a família deu falta do telefone celular.
Outra vítima do maníaco foi a contadora Edna Cordeiro, que sumiu em 11 de outubro do ano passado. Ela saiu do trabalho, numa faculdade, e não chegou em casa, no Industrial. Seu carro foi achado no mesmo dia, próximo a uma favela do bairro, com a chave na ignição. No banco do passageiro estavam carteira, bolsa, cartão de crédito e documentos pessoais, intactos. Só o celular não foi encontrado. O corpo foi localizado no dia seguinte, por funcionários de uma mineradora, a 50 quilômetros de onde o carro estava, numa estrada de acesso ao Condomínio Retiro das Pedras, em Nova Lima, Grande BH. Não havia nenhum documento que identificasse o corpo, mas a vítima usava uma aliança com seu nome. Segundo a polícia, foi estrangulada com o colar que usava.
Investigação
O Instituto de Criminalística não conseguiu coletar amostras de esperma no corpo da comerciante Adina Feitor Porto, de 34, que sumiu em 27 de janeiro de 2009, no Bairro Lindéia, no Barreiro, e teve o corpo encontrado uma semana depois, numa estrada de terra em Sarzedo, Grande BH. O carro dela foi abandonado sem combustível na Via Expressa, no Bairro Camargos, Região Noroeste de BH, que fica ao lado dos bairros Califórnia e João Pinheiro, onde os corpos de Ana Carolina e Maria Helena foram localizados. A vítima também foi estrangulada.
Outro crime investigado pela polícia é o sumiço de uma estudante que em outubro do ano passado saiu de casa, no Barreiro, com destino à PUC Betim, onde estudava, e nunca mais foi vista. Seu carro foi achado no Barreiro.
Amarga lembrança
A Região Noroeste de BH, onde foram encontrados os corpos de duas das vítimas do maníaco, já foi palco de vários crimes contra mulheres, alguns dos quais ainda desafiam os investigadores. Entre 1999 e 2001, foram registrados 12 assassinatos e cinco vítimas continuam desaparecidas. Muitos casos ainda não foram esclarecidos e a polícia não descarta a possibilidade de ligação de crimes antigos com o maníaco que atacou no ano passado e que vem sendo procurado.
Fonte: Portal Uai

2 comentários:

Ricardo Pinto disse...

Muito prazer.
Verifiquei que se tornou meu seguidor no meu blogue.
Estive a consultar o seu blogue e considero-o bastante actual, pertinente, sobre uma questão fundamental- a VIOLENCIA MULHER QUE SE APLICA SOBRETUDO EM CASOS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA. EM PORTUGAL, 83 % DAS VÍTIMAS DE VIOLENCIA DOMÉSTICA SÃO M,ULHERES. QUANDO SE FALAM EM IGUALDADE DE DIREITOS HOMEM-MULHER, NESTA ÁREA AINDA EXISTE UMA ENORME DIFERENÇA!

Ricardo Pinto disse...

Boa tarde.