sexta-feira, 30 de julho de 2010

Resposta a uma leitora do blog...Geiza Rangel.

Olá Geiza, recebi com muita atenção e carinho seu comentário, seu pedido de ajuda. Esse blog tem a função social de lutar contra todo tipo de violência contra a mulher, em especial a violência doméstica. De início quero te dizer que você não está desamparada. Atualmente existem redes de ajuda e proteção à mulher vítima de violência doméstica.

Dicidi por colocar seu comentário nessa resposta para contextualizar os demais leitores e leitoras sobre o que se refere essa resposta e, da mesma forma que a experiência de outras mulheres poderá te ajudar, a sua experiência poderá ajudar outras mulheres. O blog também está a disposição pelo email: andreluizjornalista@hotmail.com .


Considerando que você deixou no espaço público reservado aos comentários sua mensagem e não fez ressalva quanto a publicação, e no seu perfil não consta nenhum email que pudesse ser utilizado para te responder de forma reservada, não vi outra alternativa senão te atender postando esse texto na esperança que você lesse. Fique à vontade caso queira nos enviar um email, pois nenhum email será publicado e será respondido de forma discreta, responsável e reservada. Mais uma vez repito que a resposta ao seu pedido de ajuda por meio de uma postagem foi a alternativa que estava à minha disposição tendo em vista que não havia algum email seu que pudesse utilizado.


Te agradeço por acompanhar o blog e espero que continua nos acompanhando e nos ajudando a encorajar mais e mais mulheres a reagir e sair da opressão da violência doméstica.  

Comentário postado no blog:

"Geiza Rangel disse...
eu tenho grandes problemas com o homem em que vivo, mas estou tão sem força que ainda nem consigo expor meus problemas com os outros.
o que eu faço?

30 de julho de 2010 11:27"

Geiza, diante do que você escreveu de forma resumida acredito que os "grandes problemas" que está passando com o seu marido se refere à violência. Partindo desse ponto quero te dizer que a Lei Maria da Penha (Lei 11.340) descreve e combate cinco tipos de violência cometidas contra a mulher no ambiente doméstico: violência física, violência psicológica, violência sexual, violência patrimonial, violência moral.

Certamente os "grandes problemas" que está enfrentando está relacionado a algumas dessas violências. A lei Maria da Penha é o seu primeiro amparo. Lembra que disse que não está desamparada? Existem também as Delegacias Especializadas de Atendimento às Mulheres, ou seja, cada delegacia dessa existe para atente a você e a todas a mulheres vítimas de violência doméstica. Ao ser atendida em alguma delas, conforme seu caso, a delegada poderá pedir medidas protetivas para garantir sua segurança além a própria ação policial em redigir boletim de ocorrência e questionar seu marido sobre a agressão.

Além da lei e da delegacia especializada, existem também centros de orientação e amparo a essas vítimas. Podem ser ONG´s ou secretarias estatais mesmo. Tais centros, onde atuam psicólgos e assistentes sociais, existem para acolher mulheres que como você estão sendo violentadas e estão perdendo as forças. Neles você encotrará a orientação, conforme o seu caso, sobre como agir, o que fazer, como se proteger. Existem aqueles centro que acolhem mulheres em risco de morte, situação extrema.

Geiza, você deve ter em mente que toda mulher nesse país é protegida por direitos humanos específicos à condição de mulher. Assim como toda criança é protegida pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, a mulher tambem tem contado com uma rede de proteção e assistência e que deve ser usada. Violência doméstica contra a mulher é crime. Portanto não se deixe abater diante das dificuldades por que você tem aonde buscar recursos.

No entanto, a realidade de uma mulher que sofre com a violência doméstica depende da condição em que ela vive. É algo específico de cada uma. Muitas mulheres vivem sob o jugo da violência porque tem medo de chamar a polícia para o marido e depois ser ainda mais agredida, ou porque é totalmente dependente financeiramente do marido e não tem como se sustentar sem ele, ou pensa nos filhos, ou na vergonha de expor a sociedade ou a pessoas próximas a humilhão que sofre. Cada dificuldade está relacionada a realidade de cada mulher. Existem aquelas mulheres que são totalmente independentes e possuem uma família estruturada que a ampara e isso a possibilita fugir de casa e nunca mais voltar.

Para te orientar sobre como sair desse ciclo de opressão, desse jugo de violência que está sobre sua vida, eu recorri ao Portal da Violência Contra a Mulher e fiz uma busca sobre as delegacias e centros de orientação no Estado do Espirito Santo que poderão ser locais de referêcia para você buscar ajuda e orientação.

Os endereços estão logo abaixo descritos e contemplam todo o Estado do Espirito Santo. Conforme seu perfil, que diz que você é de Vitória-ES, eu te oriento a buscar ajuda nos centro de atendimentos que é um local próprio para você expor seus problemas, ser escutada sem medo e vergonha e ser orientada sobre como proceder conforme seu caso. Por exemplo, o Centro de Referência de Apoio à Mulher Vítima de Violência, ocalizado na Prainha – Vila Velha/ES ( Tel.: (27) 3388 4272, 2ª a 6ª, das 8h às 18h). Muitas mulheres tem receio de entrar em uma delegacia, não se intimide com isso. Vá a delegacia se for o caso, ou ser for mais fácil para você, e lá você também irá receber orientação necessária. 

Não conheço nenhum desses locais, mas não deixe de pedir ajuda, não deixe de buscar o recurso que está a sua disposição. Não se isole, não se feche, nao deixe o medo ou a vergonha tomar conta de você, compartilhe com alguém de sua confiança o seu problema, vá a esse locais como esses centros de atendimentos e se for o caso vá até a delegacia de mulheres da sua região que também irá te ajudar. 

Eu não conheço a realidade que está passando mas quero te orientar sobre a situação de emergência. Se o seu caso for extremo, do tipo que apanha quase todos os dias, que recebe ameaças de morte, que ameaça com faca ou arma de fogo, se ele é usuário de drogas ou dependente o álcool e sob o efeito dessas substância te agride, que te tortura, violenta sexualmente e sente que sua vida ou a de seus filhos correm risco de vida. Não espere ele a violente de forma fatal ou que deixa graves sequelas, não tenha medo de acionar o 190 ou recorrer a uma delegacia de mulheres, não se deixe dominar pelo medo ou vergonha para buscar ajuda imediata. O homem que agride sistematicamente sua mulher no ambiente doméstico tende a ser mais violênto a cada agressão. A Polícia Militar está também a disposição via 190, ou se encontrar um policial na rua, para proteger e te orientar. É função da Polícia Militar te atender e proteger também.

Espero que com essa resposta eu tenha te ajudado. O blog "O Grito de Ana" está a disposição, inclusive por email, e está com você nessa luta. Levante a cabeça !!! Você não está sozinha !!!

André Silva



Link Portal da Violência Contra a Mulher
(http://copodeleite.rits.org.br/apc-aa-patriciagalvao/home/noticias.shtml?x=155 )

ESPÍRITO SANTO
Dados fornecidos por Edna Martins, do Fórum de Mulheres do Espírito Santo

Disque Denúncia

Vitória/ES

Tel.: 0800-39944

Delegacias

Delegacia Especializada de Atendimento a Mulher

Santa Luiza – Vitória/ES

Tel.: (27) 3137-9115, de 2ª a 6ª, das 8h às 18h



Delegacia Especializada em Atendimento a Mulher

Campo Grande – Cariacica/ES

Tel.: (27) 3136-3118, de 2ª a 6ª, das 8h às 18h



Delegacia Especializada em Atendimento a Mulher

Centro – Guarapari/ES

Tel.: (27) 3161-1220 / 3161-1031, de 2ª a 6ª, das 9h às 18h



Delegacia Especializada em Atendimento a Mulher

Laranjeiras – Serra/ES

Tel: (27) 3138-1077, 2ª a 6ª, das 8h às 18h



Delegacia Especializada em Atendimento a Mulher.

Sagrado Coração de Jesus – Colatina/ES

Tel.: (27) 3177-7120 / 3721-5818, de 2ª a 6ª, das 9h às 18h



Delegacia Especializada em Atendimento a Mulher

Centro – Linhares/ES

Tel.: (27) 3264-2377, de 2ª a 6ª, das 9h às 18h



Delegacia Especializada em Atendimento a Mulher

São Mateus/ES

Tel.: (27) 3388-2421, de 2ª a 6ª, das 9h às 18h



Delegacia Especializada em Atendimento a Mulher

Prainha – Vila Velha/ES

Tel: (27) 3388-2481, 2ª a 6ª, das 8h às 18h



Delegacia Especializada em Atendimento a Mulher

Centro – Aracruz/ES

Tel.: (27) 3256-1181, de 2ª a 6ª, das 9h às 18h



Delegacia Especializada em Atendimento a Mulher

Centro – Cachoeiro de Itapemirim/ES

Tel: (28) 3522-0282, de 2ª a 6ª, das 9h às 18h



Centro de Atendimento à Vítima de Violência – CEAV

Centro – Vitória/ES

Horário de Atendimento: 8h às 17h30



PAVIVIS - Programa de Atendimento às Vítimas de Violência Sexual

Centro Biomédico / UFES

Maruipe – Vitória/ES

Tel.: (27) 3335-7184, de 2ª a 6ª, das 8h às 18h



Divisão de Atendimento a Violência Intrafamiliar – DAI

Itararé – Vitória/ES

Tel.: (27) 3382- 5467 / 3382-5466 / 3382-5465 / 3382-5464, de 2ª a 6ª, das 7h às 19h



Hospital Universitário Cassiano A. de Morais (Hospital das Clínicas)

Santos Dumont – Vitória/ES

Tel.: (27) 3335-7184



Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Mulher

Muquiçaba - Guarapari/ES

Tel: (27) 3362-0264



Pró-Vida - Núcleo de Atendimento às Vítimas de Violência Doméstica

Secretaria de Direitos Humanos – Prefeitura Municipal da Serra

Serra/ES

Tel: (27) 3328 7500, 2ª a 6ª, das 8h às 18h



Delegacia de Polícia Judiciária - DPJ

Centro – Viana/ES

Tel.: (27) 3255-1171, 2ª a 6ª, das 8h às 18h



Centro de Referência de Apoio à Mulher Vítima de Violência

Prainha – Vila Velha/ES

Tel.: (27) 3388 4272, 2ª a 6ª, das 8h às 18h



Casa Abrigo de Vila Velha

Encaminhamento através do Centro de Referência



Programa S.O.S. Mulher

Hospital Municipal de Cobilândia – Hospital da Mulher

Cobilândia – Vila Velha/ES

Tel.: (27) 3136-2560



Centro de Atendimento S.0.S Mulher

Rede de Apoio a Mulher Viva Maria

Independência – Cachoeiro de Itapemirim/ES

Tel.: (28) 9885-3130, de 2ª a 6ª, das 9h às 18h

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