O que a violência contra a mulher tem em comum com o caos social que vivemos? Semana passada vi uma cena triste. De dentro do ônibus em uma das avenidas mais importante e movimentadas de Belo Horizonte, avenida Amazonas, vi um morador de rua tentar agredir sua companheira na calçada. A criança, de aparentemente cinco anos, que estava com o casal de moradores de rua de imediato pegou uma pedra e ameçou jogar no agressor. Não sei se o agressor era seu pai mas havia somente o três naquela calçada.
Infelizmente essa cena se repete em lares estruturados financeiramente e estruturalmente. Famílias instruídas e com seus membros bem posicionados na sociedade estão sendo destruídas pela violência contra a mulher. Filhos bem criados, assim como aquela criança, quando não usam da violência para defender as mulheres de sua família, repetem o mesmo erro do pai.
A violência familiar destrói a célula mais importante da sociedade, a família. A destruição do núcleo familiar atinge o controle social informal mais importante para evitar o aumento e a repetição da violência que estamos acompanhando. Mães que matam seus companheiros quando não são fatalmente vitimadas, adolescentes que expõe sua raiva e revolta por meio da agressividade, da prática do crime e da violência.
O crime tem várias explicações e teorias e não é intenção aqui debater sobre eles e tão pouco dizer que a destruição do núcleo familiar é a causa de todos os males sociais. Proteger a mulher, assim como proteger cada membro da família é também contribuir com o frotalecimento da sociedade que tem graves problemas para resolver, em especial de segurança pública.
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