sábado, 14 de novembro de 2009

Luta para libertar as mulheres paquitanesas da violência




Mulheres paquistanesas tentam se libertar do rigor das leis do país
Quase metade das mulheres permanecem analfabetas. Preconceito e pobreza se somam para impedir que muitas meninas tenham acesso à educação.
O Paquistão viveu neste sábado (14/11) mais um dia de violência. Um atentado na cidade Peshawar deixou pelo menos 11 mortos. Entre as vítimas, seis crianças e mulheres.
Na última reportagem da série sobre o Paquistão, os repórteres Marcos Uchôa e Sérgio Gilz mostram a vida das mulheres que tentam se libertar do rigor das leis do país.
Um breve retrato/relato da situação das mulheres no Paquistão é difícil de se fazer... Dentro de uma cidade grande, a liberdade colorida de estudantes dá uma impressão de um otimismo de quem tem um mundo pela frente.
Já uma garotinha vendendo lencinhos no meio do trânsito reflete o outro lado da moeda, um outro mundo.
Quase metade das mulheres permanecem analfabetas. Preconceito e pobreza se somam para impedir que muitas meninas tenham acesso à educação.
Na região próxima ao Afeganistão a situação é muito pior. Ali a burca embrulha a mulher numa vida sem voz e sem rosto.
Às vezes, elas parecem acuadas, empurradas para um cantinho da vida em público.
No interior, onde a maioria vive, é uma vida dura parecida com gerações de mulheres que vieram antes delas. Séculos 21, 20, 19 o trabalho no campo não parece ter evoluído pra essa gente.
Entre casais e famílias muito conservadoras, o comportamento da mulher pode ser uma questão de vida ou morte.
Lavar a roupa suja muitas vezes acaba em assassinato. Cerca de mil mulheres por ano são mortas, são os chamados crimes de honra.
Quatrina Hussein tem um programa na televisão que tenta denunciar tanta violência.
"Muito do que acontece se diz que é em nome da religião, mas é tribal, cultural. Existem leis contra isso, mas não são cumpridas. Temos que punir as pessoas", ela diz.
Já a gravação de uma garota sendo chicoteada em público pelo taliban causou indignação no país e ajudou a unir a sociedade contra os terroristas.
Ao contrário do Brasil, o Paquistão teve uma mulher como líder. Benazir Bhutto foi primeira ministra duas vezes. Ia ser uma terceira quando foi assassinada.
Fonte: Jornal Hoje

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