Sudanesas são chicoteadas por usarem calças
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segunda-feira, 20 de julho de 2009
sábado, 18 de julho de 2009
Mais um conto...
Ana Paula
O vaso branco com um rolo de papel higiênico estava no canto direito da imagem. O azulejo branco do chão parecia ser realmente novo como dizia a notícia. No canto esquerdo superior estava um chuveiro simples. Branco. Ao chão, um xampu e uma saboneteira com um sabonete. A foto era em preto e branco, mas dizia na legenda ser um quarto, um cômodo. Não tinha divisórias. Som ou televisão não se via na foto. O material das paredes não foi possível identificar. Ele servia para isolar o som.
Sentado na cadeira de madeira pesada e trabalhada eu aguardava ela chegar. Era um quarto de hotel. Numa cidade do interior de Minas Gerais. Um hotel rústico, antigo casarão. Típico das históricas cidades mineiras. Ela chegaria por volta das 23 horas.
O telefone toca em cima da pequena mesa quadrada e simples que fica no canto próximo à janela do quarto. É um aparelho antigo, preservado para compor a atmosfera poética das belas antiguidades. Inspirar aquela atmosfera era encontrar a poesia de tempo antigos que a história e a arte jamais desistem de preservar.
Me levanto após colocar o telefone no gancho e deixo o jornal com a foto em cima da pequena e velha mesa quadrada. Olho para a cama de casal. Arrumada, dois travesseiros grandes e duas cobertas grossas para me cobrir e me esconder do frio. As cobertas eram de fios grossos, seus desenhos eram quadriculados. Eram pesadas e quentes. Escutei seus passos se aproximando da porta bem cuidadosamente.
Eu estava longe da minha cidade e por alguns instantes larguei minha vida e casa para trás. Resolvi viajar e dormir em algum hotel de alguma cidade interior. Meu celular desliguei para não ser encontrado nessa noite. Apesar de estar na cidade natal do grande poeta Carlos Drummond de Andrade, naquele momento eu somente queria esquecer que no meu caminho havia uma pedra.
Era uma noite fria. Eu havia somente feito um lanche no refeitório. Um leite com café quente e um prato com dois pães de queijo e um pedaço de broa me caíram bem. Havia um casal no refeitório. Estavam alegres, eram jovens, pareciam ter seus vinte e poucos anos. Estavam animados com as descobertas poéticas que estavam fazendo dentro e foram do hotel.
Em seguida, após os passos terminarem eu abro a porta para ela. Seu rosto era belo, suave, seus olhos eram castanhos e sua pele clara e rosada. Seu cabelo castanho e ondulado estava amarrado. Seu “boa noite” me faz ser o mais gentil que poderia ser naquela noite. Pego o copo com água e os remédios que estava aguardando. Agradeço e a despeço respeitosamente.
Ana Paula deveria estar comigo. Se ela estivesse vindo eu não teria pedido o hotel para comprar um remédio para dormir. Talvez se eu não tivesse comprado o jornal, se eu não tivesse visto a foto, provavelmente eu não teria largado minha casa e vindo para o hotel. Minha consciência me tortura. A dor e culpa me fazem recriar o que nunca saberei como ao certo foi o sofrimento de Ana naquele quarto, sendo estuprada, dopada, surrada até não ter mais vida. A queimação arde em meu estômago junto com a ausência da única mulher que amei e desejei por ela tirar todas as pedras do nosso caminho que por toda minha vida encontrarmos.
segunda-feira, 13 de julho de 2009
Homens que não agridem mais....
Assim como devemos aplaudir personalidades como Nicole Kidman e Nicolas Sarkozy e pessoas comuns que em algum momento de suas vidas decidiram fazer a diferença na vida de outras pessoas com as suas vidas, devemos elevar as boas ações como o programa "Andros" do Instituto Albam (http://www.albam.org.br/).
Criado em 1998, o Instituto Albam é uma organização não governamental e sem fins lucrativos que tem como missão promover a saúde mental e social com diversos programas sob o enfoque de gênero.
Cumprindo a sua missão, o Instituto Albam desenvolve o projeto "Andros" que tem como objetivo trabalhar com os homens que exercem violência contra a mulher, ou seja, os agressores. O programa trabalha com esses homens, por meio de encontros em grupo, temas como comunicação, responsabilização, gênero, afetividade e relacionamento interpessoal com o fim de evitar a reincidência da agressão.
Evitar a nova agressão na relação de gênero e recuperar o agressor levando-o a uma mudança de pensamento e atitude é contribuir para uma sociedade mais igualitária. É fortalecer a instituição familiar evitando a repetição de conceitos, pré-conceitos e atitudes destrutivas e opressoras que resulta na violência contra a mulher, em especial a violência doméstica.
fonte: http://www.albam.org.br/
Nicole Kidman, Emabaixadora da Boa Vontade da Unifem
Ganhadora do Oscar (2003), três prêmios Globo de Ouro (1995/2001/2002), uma indicação ao Globo de Ouro (2007), um prêmio da MTV Movie Awards e um prêmio Urso de Prata pelo Festival de Berlim, todos de melhos atriz, Nicole Kidman se dedica na luta contra a violência contra a mulher como Embaixadora da Boa Vontado do Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (Unifem).
A partir de 2006 Nicole Kidman assumiu o papel de Embaixadora da Boa Vontade na luta contra a violência contra a mulher e a a favor da igualdade de gênero. Desde então a atriz tem apoiado com sua imagem os programas e ações da Unifem, em todo mundo, que promovam essa igualdade de gênero, erradiquem esse tipo de violência e sensibilize e conscientize as pessoas sobre os direitos humanos das mulheres.
sexta-feira, 3 de julho de 2009
Suzana e Ana Carolina
Esse conto foi uma criação inspirada no caso de Ana Carolina , a mulher e mais uma vítima da violência que inspirou a criação desse blog. sua história está nos arquivos desse blog do mês de julho entitulado "Ana Carolina, a origem do blog". Esse texto é uma criação e não se assemelha à brutalidade cometida à Ana Carolina. è mais uma forma de lembrar do "Grito de Ana".
Suzana e Ana Carolina
Seu rosto estava inchado. Seus olhos avermelhados pelo impacto. A faixa estava envolvia sua cabeça a partir do seu queixo. A panela estava fazia na sua casa quando ele chegou do trabalho. Ana Carolina era uma mulher que sonhou em se casar, estudou, formou-se na faculdade de arquitetura e trabalhava como decoradora. Com seus 32 anos era independente financeiramente e emocionalmente. Seu marido era empresário, tinha uma consercionária de carros importados.
Ana Carolina e Filipe se casaram na igreja e a festa de casamento foi a notícia na capital mineira. Ana Carolina, como uma típica mineira belorizontina, era vaidosa, prendada, tradicional, cheia de graça e simpatia pela vida. Seus cabelos castanhos se espalhavam na agitação da torcida pelo seu time no Mineirão. A bela e tradicional mineirinha já era uma mulher que estava realizando seu sonho de casar e cuidar do seu amado. Aos 25 anos ela se casou com Filipe.
Filipe, 30 também era mineiro, mas diferente de Ana Carolina que veio de uma família de funcionários públicos de classe média, seus pais eram ricos empresários do ramo imobiliário. Filipe viajou o mundo, fez o tão sonhado intercâmbio cultural nos Estados Unidos, conheceu a Disney, estudou nas melhores e mais caras escolas e se formou em administração de empresas tendo recebido do pai o investimento necessário para abrir a concessionária de veículos importados.
Fábio e Suzana acordaram com a chegada de Ana Carolina e Filipe. Fábio era vizinho de porta de Filipe. A parede da sua sala dividia os dois apartamentos que eram no sétimo andar de um prédio de luxo do bairro Funcionários. Filipe falava palavrões e gritava muito. Ana Carolina tentava contê-lo em vão. Eles haviam chegado da balada e Filipe estava bêbado e agressivo. Suzana se assustava com os chutes que Filipe dava na porta de seu apartamento enquanto Ana Carolina, amedrontada tentava pegar as chaves pedindo para ele parar.
Fábio se levanta, troca de roupa e destranca a sua porta, mas não abre. Suzana chora e em silêncio senta no sofá da sala. Coloca suas mãos em seu rosto e seus sentimentos se misturam em entre a revolta, a vergonha e a dor. Suzana não voltaria mais a dormir naquela noite.
Ana Carolina abre a porta e entra na frente de Filipe para deixar a sua bolsa e retornar para ajudá-lo a entrar. No instante que ela entra, seu esposo entra atrás e chuta suas costas fazendo com que ela caia e bata seu rosto na mesa de centro da sala. Filipe, tomado por uma fúria e descontrolado ignora os gritos de desespero de sua esposa e chuta seu corpo já caído. Desfere socos contra seu rosto entre um xingamento e outro.
Ao perceber a intensidade e gravidade da situação, Fábio abre sua porta e entra no apartamento de Ana e Filipe. A polícia recebe uma ligação de emergência. Os vizinhos estão acordados. Fábio é levado preso.
O policial militar entrega a ocorrência na delegacia e apresenta Fábio na presença do delegado. No boletim de ocorrência constava o relato do fato pela versão de Fábio e de sua vizinha do andar de baixo como testemunha.
Em depoimento Fábio diz:
“Eu e minha esposa estávamos dormindo quando acordamos com o barulho que Filipe fazia. Eles pareciam estar chegando de alguma festa. Era por volta das 03h20 da madrugada. Não foi a primeira vez que escutamos eles brigarem e ele agredir ela. Mas dessa vez parecia ser pior. Pelas discussões Filipe parecia ser muito ciumento por que Ana era muito bonita. O nosso contato era somente nas reuniões de condomínio e as vezes entre uma festinha e outra do conjunto. Ana sempre muito reservada e centrada não era muito de dar espaço. Ao ser acordado e ter percebido que a briga parecia ser feia, me preparei para intervir por que já não aguentava mais ter que escutar aquela situação. As viatura da polícia já esteve lá das outras vezes que os outros vizinhos chamaram mas não deu em nada. Ele atendia os policiais e dizia que não estava acontecendo nada. Os policiais não pediam para falar com ela e ficava por isso mesmo. Quando a polícia ia embora, ele voltava a bater nela. Escutávamos ela pedir “por favor, pare!”
O delegado querendo ser mais objetivo pergunta o que realmente aconteceu no momento da briga, entre os três no apartamento.
“quando eu escutei algo de vidro cair e quebrar no chão eu abri e minha porta e entrei no apartamento deles. Ele estava segurando Ana por cima do cabelo e dando soco em seu rosto. Ela estava deitada no chão e em cima dela. Nesse momento eu não pensei na medida da minha ação e acertei o lado direito do seu rosto por trás com um soco. Ele caiu entre os vidros da mesa de centro que ele havia jogado Ana e se levantou com um pedaço de vidro na mão partindo em minha direção dizendo que iria me matar e matar aquela vagabunda. Eu me afastei para me defender nesse movimento eu esbarrei na pequena estante de televisão. Nela havia um vazo de flores que usei para me defender. Quando ele tentou me cortar com o vidro eu quebrei o vazo na sua cabeça e em seguida perdi o controle de mim e comecei a bater em seu rosto com chutes até que os policiais me seguraram por trás e me tiraram do apartamento.”
Fábio responde processo por lesão corporal grave em Filipe que perdeu a visão de um dos olhos e teve seus dentes da frente quebrados. Suzana acompanha Ana Carolina de perto vizitando no hospital e ambas se tornaram amigas e companheiras.
Fábio descidiu fazer acomanhamento pscicológico para controlar a raiva. Ele havia sido policial militar por sete anos. Abandonou a profissão depois que agrediu Suzana com o tapa no rosto após chegar em casa. Cansado e estressado com a profissão e a instituição resolveu largar tudo como forma de salvar seu casamento, recuperar sua saúde pscicológica e se redimir com sua esposa. Hoje Fábio é professor e eles tem uma filha de três anos, o remorso dele a as lembranças dela ainda são uma ferida aberta na vida dos dois.
A cada chute no rosto de Filipe, Fábio tentava se perdoar pelo tapa que um dia ele deu em sua mulher.
André Silva – andreluizjornalista@hotmail.com
Jornalista e Especialista em Criminalidade e Segurança Pública
29-06-2009
O sonho da jovem Latifa
Esse é um conto escrito por mim coma temática sobre a violência contra a mulher. Esse conto foi inspirado no livros "Mulheres de Cabul", da premiada fotógrafa inglesa Harriet Logan, e "O Liveriro de Cabul", da jornalista norueguesa Åsne Seierstad, que retratam a realidade cultural, política e social desse do Afeganistão.
O sonho da jovem Latifa
Abdala Haad, 34, foi um mulçumano. Percorria a orla das praias de Vitória todos os dias. Vitória é uma pequena e bela cidade e capital do Estado do Espírito Santo. As praias de Vitória são belas, margeadas por prédios chiques de apartamentos caros. O calçadão tem hora e temporada para estar cheio de atletas, idosos, moças belas, famílias, carrinhos de bebês e corredores amadores. Pela manhã, bem cedo, os idosos e as mães ou empregadas domésticas passeiam com as crianças aproveitam o sol fraco e brisa fresca. No fim da tarde, os jovens, os adultos e os adolescentes se misturam entre caminhadas, corridas e bicicletas na busca pela beleza ideal.
Abdala era afegão, assistiu sua mulher ser presa, estuprada e morta pelo regime Taleban antes da queda pela invasão dos Estados Unidos. Latifa Haad havia se convertido ao cristianismo e exercia sua fé escondida dos olhos opressores do regime que defendia Alá. Laura Smith era uma jovem inglesa de 28 anos, assistente social e militante dos direitos das mulheres, trabalhava para uma ONG sediada nos Estados Unidos que prestava assistência ao povo afegão. Era magra, cabelos curtos e loiros naturais, pele branca que com o sol escaldante da região se avermelhava causando o contraste no seu corpo, seus olhos eram azuis como o mar e sua determinação em construir um mundo melhor naquele mundo destroçado pela irracionalidade, brutalidade e ignorância por si lembrava sua descendência do povo guerreiro celta. Laura morava no paquistão e prestava serviços para a ONU na Embaixada da Inglaterra.
Abdala Haad era professor e Latifa, sua esposa, era uma dona de casa vaidosa e desejosa pela liberdade feminina que havia no ocidente. O regime Taleban tomou o poder no Afeganistão em 1997, proibiu a música, a dança, proibiu as mulheres de irem à escola e impôs que todas, ao saírem de suas casas não usassem produtos de beleza, não se vestissem elegantemente de modo a chamarem a atenção e sempre, sempre, fora de suas casas vestissem a burkha.
Latifa deveria esconder sua pele morena, seus cabelos pretos e lisos e sedosos já não podiam receber o toque suave do vento, e a juventude e a vida de uma jovem de 25 anos deveriam ser escondidas pela insanidade. A burkha cobria todo seu corpo, era feita de um tecido grosso e grande para impedir que seu corpo bem torneado fosse moldado, o brilho que ainda restava em seus olhos escuros e grandes como uma jabuticaba eram ofuscados pela tela que havia na burkha e apenas servia para ela olhar e respirar. Latifa via Cabul, sua cidade e capital do Afeganistão, mas não era permitido a Cabul ver Latifa.
O regime totalitário e violento dos Talebans não conseguiu proibir que Abdala ensinasse sua amada esposa o conhecimento e o inglês que aprendera na juventude. Todas as noites, após, se alimentarem Latifa aprendia com seu esposo. O casal tinha um sonho de ir embora para a Londres e lá ter um filho. Ansiavam uma vida com liberdade, trabalho e oportunidades que haviam sido tiradas de seu pais pelo fundamentalismo absurdo e desumano do Talebans.
Laura acabara de chegar na sede da ONG quando Abdala entrara. Aos 15 anos Abdala se muda para Islamabad, capital paquistanesa, onde tenta a vida no comércio, na construção civil e na jardinagem. Aos dezessete anos Abdala consegue emprego como aqueles “faz-de-tudo” ou manunteção na casa do embaixador da Inglaterra. Disciplinado e dedicado, logo percebe a importância do trabalho e da pontualidade para os britânicos. Se vendo diante de uma oportunidade única, tratava dos jardins da esposa do embaixador como se fossem seus, era atento aos passos da única filha do casal, uma linda criança de oito anos que adorava brincar e ajudar nos cuidados com as flores.
A dedicação e inteligência de Abdala lhe renderam por meio dos contatos do embaixador inglês uma bolsa de estudos para o curso de história. Seu trabalho na casa da família inglesa foi seu passaporte para o crescimento intelectual, acadêmico e seu contato com o contagioso estilo de vida do ocidente. Formado, aos 24 anos, o professor de história Abdala Haad, retorna ao Afeganistão e retoma sua vida dando aulas e conhece Latifa, jovem linda e alegre de 21 anos que trabalhava na biblioteca e desejava conhecer o mundo.
Toda sua história de conquistas no Paquistão passa pela sua mente ao entrar naquela sala e ver aquelas fotos na parede. Eram fotos de mulheres brancas, negras, indianas, chinesa e crianças sorrindo e se abraçando. Todo aquele mundo diferente e atrativo que saltava daquelas fotos despertava a saudosa lembrança da família inglesa. Laura o observa e sorridente pergunta no que poderia ajudar. Com seu inglês britânico ele responde para Laura que fugira do Afeganistão e queria ir para a Inglaterra, que trabalhara na casa de um dos embaixadores daquele país europeu a alguns anos. Mesmo sabendo da condição política e social imposta pelos Talebans ao povo afegão, a opressão, as limitações, crueldades e medo, Laura pergunta o porque.
Adbala se senta, olha para o chão, respira fundo e com as mão trêmulas começa a contar as suas razões:
“ Antes da tomada do controle do país pelos homens Talebans eu tinha uma vida tranquila e estável. Dava aulas em algumas escolas de Cabul e minha esposa, Latifa, trabalhava em uma biblioteca das escolas. Éramos livres, estávamos construindo a nossa história, escutávamos nossas músicas, dançávamos ao som de cantores ocidentais e indianos. Latifa era bela e gostava de estar e se sentir bonita. Sua vaidade me encantava. Eu a queria sempre linda e arrumada....sem ofender as tradições mulçumanas, claro! Um dia Latifa conheceu um casal de brasileiros que trabalhavam em uma ONG francesa que cuidava de crianças no Afeganistão. Ela não me falou deles durante um tempo mas ela mantinha contato com eles e nesses contatos ela se converteu ao cristianismo. Eles éram cristãos. Era um casal jovem e tinham um filho de uns quatro anos quando os conheci. Roberto, Paula e Davi. Certo dia Latifa chegou em casa com uma Bíblia falando do Deus dos cristãos e eu olhando para seu rosto alegre e radiante me convenci de que a mensagem do Jesus dos cristãos era mais profunda e atraente do que a mensagem de Alá. Minha esposa não teve receio em me contar por que me conhecia. Eu jamais poderia ter raiva dos cristãos por que o que sou hoje devo a bondade de uma família cristã que não me discriminou por ser mulçumano e me confiou oportunidades.”
Laura, atenta, fitava em seus olhos negros e em seu rosto cansado pela viajem enquanto ele continuava após uma breve parada e uma profunda inspiração de ar.
“Nos tornamos cristãos e nos tornamos amigos dos brasileiros, mas tínhamos receio de nos manifestar abertamente por medo de sermos agredidos. Após o homens do Taleban assumirem o poder, muitos estrangeiros foram embora inclusive os brasileiros. Foram expulsos por que o regime descobriu que eram cristãos e estavam pregando a mensagem de Jesus e isso afrontava os talebans que são radicais e odeiam o ocidente e tudo que representa o ocidente. Para os talebans Alá estava sendo afrontado. Minha esposa foi denunciada.Ela não trabalhava fora na biblioteca mais por que o regime determinou que era proibido as mulheres trabalharem por dinheiro. Alguém, que não sei quem, ficou sabendo que na minha casa havia uma Bíblia. Os soldados talebans invadiram a minha casa pela manhã, quando eu havia saído para comprar comida e encontraram Latifa lendo a Bíblia. Latifa foi presa, arrastada pelas ruas de Cabul, chicoteada, tentei impedir ao vê-la sendo espancada mas também fui espancado e torturado. Fomos levados para o quartel onde Latifa foi estuprada na minha frente pelos soldados e degolada. Os talebans me disseram que era uma lição para ela e para mim que tínhamos afrontado Alá e o islã, que eu jamais esquecesse que só existia Alá. Fui preso e obrigado a ler o Corão todos os dias em voz alta por três meses. Faz um mês fui solto e fugi para o Paquistão”
Atormentada, a jovem inglesa não consegue impedir que seus olhos derramem as lágrimas da revolta e compaixão. Abdala lhe mostra as cicatrizes dos açoites a uma foto de Latifa que guardava escondido para não ser acusado de idolatria.
Três semanas depois os norte-americanos invadem o Afeganistão na procura por Bin Laden e derrubam o regime Taleban. Laura ajuda Abdala contratando-o como tradutor e durante a guerra, que teve o apoio e participação da Inglaterra, Laura e Abdala, agora amigos, se empenham em trabalhar nas campanhas de ajuda humanitária da ONU com os refugiados de guerra na fronteira entre o Afeganistão e o Paquistão.
Após um ano e meio do início da invasão norte-americana, Abdala e Laura vão para a Inglaterra para descançarem por alguns meses, se casam e vão ao Brasil em lua-de-mel. Roberto e Paula moravam em Vitória, Davi era missionário na Índia, e todos os dias de suas férias na cidade, Abdala e Laura caminhavam na Praça dos Desejos e dos Namorados, Praia do Canto, sentindo a brisa do mar, contemplando a liberdade e a belezas naturais desse país tropical que Latifa somente ouviu falar sem esquecer do compromisso deles em tentar fazer do mundo um lugar melhor para se viver.
André Silva – andreluizjornalista@hotmail.com
Jornalista e Especialista em Criminalidade e Segurança Pública
28 de junho de 2009
Abdala era afegão, assistiu sua mulher ser presa, estuprada e morta pelo regime Taleban antes da queda pela invasão dos Estados Unidos. Latifa Haad havia se convertido ao cristianismo e exercia sua fé escondida dos olhos opressores do regime que defendia Alá. Laura Smith era uma jovem inglesa de 28 anos, assistente social e militante dos direitos das mulheres, trabalhava para uma ONG sediada nos Estados Unidos que prestava assistência ao povo afegão. Era magra, cabelos curtos e loiros naturais, pele branca que com o sol escaldante da região se avermelhava causando o contraste no seu corpo, seus olhos eram azuis como o mar e sua determinação em construir um mundo melhor naquele mundo destroçado pela irracionalidade, brutalidade e ignorância por si lembrava sua descendência do povo guerreiro celta. Laura morava no paquistão e prestava serviços para a ONU na Embaixada da Inglaterra.
Abdala Haad era professor e Latifa, sua esposa, era uma dona de casa vaidosa e desejosa pela liberdade feminina que havia no ocidente. O regime Taleban tomou o poder no Afeganistão em 1997, proibiu a música, a dança, proibiu as mulheres de irem à escola e impôs que todas, ao saírem de suas casas não usassem produtos de beleza, não se vestissem elegantemente de modo a chamarem a atenção e sempre, sempre, fora de suas casas vestissem a burkha.
Latifa deveria esconder sua pele morena, seus cabelos pretos e lisos e sedosos já não podiam receber o toque suave do vento, e a juventude e a vida de uma jovem de 25 anos deveriam ser escondidas pela insanidade. A burkha cobria todo seu corpo, era feita de um tecido grosso e grande para impedir que seu corpo bem torneado fosse moldado, o brilho que ainda restava em seus olhos escuros e grandes como uma jabuticaba eram ofuscados pela tela que havia na burkha e apenas servia para ela olhar e respirar. Latifa via Cabul, sua cidade e capital do Afeganistão, mas não era permitido a Cabul ver Latifa.
O regime totalitário e violento dos Talebans não conseguiu proibir que Abdala ensinasse sua amada esposa o conhecimento e o inglês que aprendera na juventude. Todas as noites, após, se alimentarem Latifa aprendia com seu esposo. O casal tinha um sonho de ir embora para a Londres e lá ter um filho. Ansiavam uma vida com liberdade, trabalho e oportunidades que haviam sido tiradas de seu pais pelo fundamentalismo absurdo e desumano do Talebans.
Laura acabara de chegar na sede da ONG quando Abdala entrara. Aos 15 anos Abdala se muda para Islamabad, capital paquistanesa, onde tenta a vida no comércio, na construção civil e na jardinagem. Aos dezessete anos Abdala consegue emprego como aqueles “faz-de-tudo” ou manunteção na casa do embaixador da Inglaterra. Disciplinado e dedicado, logo percebe a importância do trabalho e da pontualidade para os britânicos. Se vendo diante de uma oportunidade única, tratava dos jardins da esposa do embaixador como se fossem seus, era atento aos passos da única filha do casal, uma linda criança de oito anos que adorava brincar e ajudar nos cuidados com as flores.
A dedicação e inteligência de Abdala lhe renderam por meio dos contatos do embaixador inglês uma bolsa de estudos para o curso de história. Seu trabalho na casa da família inglesa foi seu passaporte para o crescimento intelectual, acadêmico e seu contato com o contagioso estilo de vida do ocidente. Formado, aos 24 anos, o professor de história Abdala Haad, retorna ao Afeganistão e retoma sua vida dando aulas e conhece Latifa, jovem linda e alegre de 21 anos que trabalhava na biblioteca e desejava conhecer o mundo.
Toda sua história de conquistas no Paquistão passa pela sua mente ao entrar naquela sala e ver aquelas fotos na parede. Eram fotos de mulheres brancas, negras, indianas, chinesa e crianças sorrindo e se abraçando. Todo aquele mundo diferente e atrativo que saltava daquelas fotos despertava a saudosa lembrança da família inglesa. Laura o observa e sorridente pergunta no que poderia ajudar. Com seu inglês britânico ele responde para Laura que fugira do Afeganistão e queria ir para a Inglaterra, que trabalhara na casa de um dos embaixadores daquele país europeu a alguns anos. Mesmo sabendo da condição política e social imposta pelos Talebans ao povo afegão, a opressão, as limitações, crueldades e medo, Laura pergunta o porque.
Adbala se senta, olha para o chão, respira fundo e com as mão trêmulas começa a contar as suas razões:
“ Antes da tomada do controle do país pelos homens Talebans eu tinha uma vida tranquila e estável. Dava aulas em algumas escolas de Cabul e minha esposa, Latifa, trabalhava em uma biblioteca das escolas. Éramos livres, estávamos construindo a nossa história, escutávamos nossas músicas, dançávamos ao som de cantores ocidentais e indianos. Latifa era bela e gostava de estar e se sentir bonita. Sua vaidade me encantava. Eu a queria sempre linda e arrumada....sem ofender as tradições mulçumanas, claro! Um dia Latifa conheceu um casal de brasileiros que trabalhavam em uma ONG francesa que cuidava de crianças no Afeganistão. Ela não me falou deles durante um tempo mas ela mantinha contato com eles e nesses contatos ela se converteu ao cristianismo. Eles éram cristãos. Era um casal jovem e tinham um filho de uns quatro anos quando os conheci. Roberto, Paula e Davi. Certo dia Latifa chegou em casa com uma Bíblia falando do Deus dos cristãos e eu olhando para seu rosto alegre e radiante me convenci de que a mensagem do Jesus dos cristãos era mais profunda e atraente do que a mensagem de Alá. Minha esposa não teve receio em me contar por que me conhecia. Eu jamais poderia ter raiva dos cristãos por que o que sou hoje devo a bondade de uma família cristã que não me discriminou por ser mulçumano e me confiou oportunidades.”
Laura, atenta, fitava em seus olhos negros e em seu rosto cansado pela viajem enquanto ele continuava após uma breve parada e uma profunda inspiração de ar.
“Nos tornamos cristãos e nos tornamos amigos dos brasileiros, mas tínhamos receio de nos manifestar abertamente por medo de sermos agredidos. Após o homens do Taleban assumirem o poder, muitos estrangeiros foram embora inclusive os brasileiros. Foram expulsos por que o regime descobriu que eram cristãos e estavam pregando a mensagem de Jesus e isso afrontava os talebans que são radicais e odeiam o ocidente e tudo que representa o ocidente. Para os talebans Alá estava sendo afrontado. Minha esposa foi denunciada.Ela não trabalhava fora na biblioteca mais por que o regime determinou que era proibido as mulheres trabalharem por dinheiro. Alguém, que não sei quem, ficou sabendo que na minha casa havia uma Bíblia. Os soldados talebans invadiram a minha casa pela manhã, quando eu havia saído para comprar comida e encontraram Latifa lendo a Bíblia. Latifa foi presa, arrastada pelas ruas de Cabul, chicoteada, tentei impedir ao vê-la sendo espancada mas também fui espancado e torturado. Fomos levados para o quartel onde Latifa foi estuprada na minha frente pelos soldados e degolada. Os talebans me disseram que era uma lição para ela e para mim que tínhamos afrontado Alá e o islã, que eu jamais esquecesse que só existia Alá. Fui preso e obrigado a ler o Corão todos os dias em voz alta por três meses. Faz um mês fui solto e fugi para o Paquistão”
Atormentada, a jovem inglesa não consegue impedir que seus olhos derramem as lágrimas da revolta e compaixão. Abdala lhe mostra as cicatrizes dos açoites a uma foto de Latifa que guardava escondido para não ser acusado de idolatria.
Três semanas depois os norte-americanos invadem o Afeganistão na procura por Bin Laden e derrubam o regime Taleban. Laura ajuda Abdala contratando-o como tradutor e durante a guerra, que teve o apoio e participação da Inglaterra, Laura e Abdala, agora amigos, se empenham em trabalhar nas campanhas de ajuda humanitária da ONU com os refugiados de guerra na fronteira entre o Afeganistão e o Paquistão.
Após um ano e meio do início da invasão norte-americana, Abdala e Laura vão para a Inglaterra para descançarem por alguns meses, se casam e vão ao Brasil em lua-de-mel. Roberto e Paula moravam em Vitória, Davi era missionário na Índia, e todos os dias de suas férias na cidade, Abdala e Laura caminhavam na Praça dos Desejos e dos Namorados, Praia do Canto, sentindo a brisa do mar, contemplando a liberdade e a belezas naturais desse país tropical que Latifa somente ouviu falar sem esquecer do compromisso deles em tentar fazer do mundo um lugar melhor para se viver.
André Silva – andreluizjornalista@hotmail.com
Jornalista e Especialista em Criminalidade e Segurança Pública
28 de junho de 2009
Ana Carolina, a origem do Blog
Tenho sido questionado sobre a origem do nome desse blog “ O grito de Ana”. Aconteceu algum fato que motivou esse nome? Foi inspirado em alguém? Foi inspirado em algum personagem ou filme?
Ana Carolina Menezes inspirou não somente o nome do blog, mas a criação do blog.
Ana Carolina, 27, administradora de empresas, casada e mãe de um filho foi estrupada, estrangulada e morta em Belo Horizonte no dia 17 de abril de 2009. O corpo de Ana foi encontrado dentro de seu carro seminua no banco traseiro. Ana Carolina foi estrangulada com cadarço do tênis e estuprada ao lado do filho em uma das avenidas mais movimentadas de Belo Horizonte.
“Foi a pior lembrança da minha vida ter encontrado minha mulher seminua, morta, no banco traseiro do carro. Os bandidos não pouparam nem mesmo o meu filho de 1 ano e 6 meses, que foi colocado em cima do corpo da mãe morta. Tentei abraçá-la, mas fui impedido pela polícia, que por sorte me entregou meu filho com vida”. (Desabafo de Willian Chaves Pereira, de 29 anos, que viva com Ana Carolina a três anos e planejava se casar. Esse depoimento foi extraído da versão impressa do jornal mineiro “Estado de Minas” em matéria entitulada “Marcadas pela Violência”, da editoria “Gerais”, domingo, 14 de junho de 2009)
A polícia descartou a hipótese de latrocício por que o autor somente levou o celular da vítima e trabalha com a suposição de que o crime teria sido praticado por alguém conhecido.
Histórias trágicas e desumanas como essas são contadas e escondidas todos os dias. Impunidade, preconceito, a barbárie e a incompetência de algumas autoridades tem feito de mulheres e meninas vítimas indefesas em várias partes do mundo, em todas as classes sociais, línguas e níveis de escolaridades.
A morte de Ana Carolina de Menezes foi mais uma perda irreparável para seu marido, seu filho, seus familiares e amigos. Ana Carolina foi enterrada no dia 18 de abril de 2009 juntamente com Telma Portela da Silva, 35 anos, deixou um filho de 11 anos. Foi encontrada morta na região metropolitana de Belo Horizonte. Esteve como desaparecida até seus parentes a encontrarem no necrotério da cidade de Betim em estado de decomposição. Telma, mais uma das “Ana´s” foi encontrada 18 dias após o seu desaparecimento com um grave ferimento na cabeça.
A morte de Ana Carolina de Menezes deu vida a esse blog.
“Jamais deixe de fazer o pouco que você pode por não conseguir fazer o muito que gostaria”(autor desconhecido)
Fonte :
- Versão impressa do jornal mineiro “Estado de Minas” em matéria entitulada “Marcadas pela Violência”, da editoria “Gerais”, domingo, 14 de junho de 2009, Belo Horizonte
- Versão impressa do jornal mineiro “O Tempo”, “Cidades”, páginas 34 e 35, sábado, 18 de abril de 2009, Belo Horizonte.
- Versão impressa do jornal mineiro “O Tempo”, “Cidades”, página 29, domingo, 19 de abril de 2009, Belo Horizonte.
Em resposta ao comentário de Daniela, irmã de Ana Carolina de Menezes, foi postado no link abaixo a resposta do autor do blog
A luta de uma “Ana” no Afeganistão
Minientrevista publicada pelo jornal mineiro “O Tempo”, Domingo, 14 de junho e 2009. Belo Horizonte
Entrevistada: Malalai Joya, militante afegã, 31 anos e ex-membro do Parlamento do Afeganistão
Entrevistada: Malalai Joya, militante afegã, 31 anos e ex-membro do Parlamento do Afeganistão
“No Parlamento várias vezes escutei: ‘estuprem ela’. O fato de você ser mulher já é considerado pecado”
Jornal O Tempo: Em 2007, você foi expulsa do Parlamento. Por que isso aconteceu?
Malalai Joya: O Parlamento não é democrático. Ali manda quem tem dinheiro e armas. Quando perceberam que não podiam em impedir de ter voz ali dentro, me ameaçaram e depois de expulsaram.
Jornal O Tempo: O fato de você ser mulher também contribuiu?
Malalai Joya: Sim. O fato de ser mulher já é considerado pecado. Há a idéia de que política é coisa para homem. Hoje, 70% das afegãs não vão à escola, poucas têm emprego e várias são vítimas de estupro, praticado impunimente.
Jornal O Tempo: Você ainda recebe ameaças?
Malalai Joya: No Parlamento várias vezes escutei: “estuprem ela”. Era chamada de prostituta. Recebo ameaças de morte. Presciso sair sempre de burkha e nunca fico muito tempo em uma mesma casa.
Jornal O Tempo: Como é seu trabalho de militância?
Malalai Joya: Recebo visitas de vítimas e tento revelar ao mundo, por meio da mídia internacional, a realidade afegã. Tenho também uma clínica que presta assistência médica a mulheres e crianças. Recolho documentos que provam as atrocidades realizadas por quem está no poder e quero levar esse material a um tribunal internacional de Justiça.
Jornal O Tempo: Quais são os principais problemas enfrentados pelos afegãos?
Malalai Joya: Somente 2% da população tem luz elétrica e 8% acesso ao serviço sanitário. A expectativa de vida é de 44 anos. O afegão sofre devido à pobreza, ao tráfico de ópio e à inexistência de leis no país.
Jornal O Tempo: Quem tras esses problemas ao Afeganistão?
Malalai Joya: O afegão possui três inimigos: o Taleban, que oprime; os senhores de guerra, e a ocupação norte-americana, que continua a matar civis.
Nicolas Sarkozy e as Ana’s do mundo
Matéria publicada no jornal mineiro “O Tempo”, terça-feira, 23 de junho de 2009, Belo horizonte. Na seção Mundo na página 24.
Na matéria o presidente da França, Nicolas Sarkozy, apóia os parlamentares franceses em uma proposta contra o uso crescente da Burkha na França. Sarkozy vez seu pronunciamento no Palácio de Versailles e foi o primeiro presidente a se pronunciar no Palácio no últimos 136 anos. O presidente francês afirmou que a questão da proibição não é religiosa mas de liberdade, segundo ele, a vestimenta cobre todo o corpo da mulher escondendo seu rosto sendo assim não poderá ser usado na França por que é um símbolo de subjugação da mulher.
Frases do presidente Nicolas Sarkozy:
Na matéria o presidente da França, Nicolas Sarkozy, apóia os parlamentares franceses em uma proposta contra o uso crescente da Burkha na França. Sarkozy vez seu pronunciamento no Palácio de Versailles e foi o primeiro presidente a se pronunciar no Palácio no últimos 136 anos. O presidente francês afirmou que a questão da proibição não é religiosa mas de liberdade, segundo ele, a vestimenta cobre todo o corpo da mulher escondendo seu rosto sendo assim não poderá ser usado na França por que é um símbolo de subjugação da mulher.
Frases do presidente Nicolas Sarkozy:
“A questão da burkha não é uma questão religiosa, é uma questão de liberdade e de dignidade da mulheres”
“A burkha não é um símbolo religioso, é um símbolo da subjugação, da subjugação das mulheres. Quero dizer solenemente que não será recebida em nosso território”
“Tem que haver um debate e todas as posições têm de ser apresentadas. Que melhor lugar para isto do que Parlamento? Eu digo a vocês: não temos de nos envergonhar de nossos valores, não temos de ter medo de defendê-los.”
Devemos dar honra a quem merece honra. Nicolas Sarkozy entendeu a importância da liberdade conquistadas pelas mulheres na França serem mantidas que levou o assunto ao Palácio de Versailles após 136 sem que nenhum presidente tivesse pronunciado no Palácio. Poderia ter levado outro assunto mas foi a liberade e a dignidade da mulher que Sarkozy defendeu. A Burkha ofende não somente as francesas mas a cada mulher em cada lugar do mundo. É símbolo de opressão, desvalorização, subjugação, humilhação e usurpação de direitos e liberdades. Espero um dia ver no Brasil uma postura de defesa dos verdadeiros valores.
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