sábado, 20 de agosto de 2011

"Daqui a três anos ele está de novo na minha casa", diz irmã de borracheiro condenado

Acusação e defesa não ficaram satisfeitas com a senteça de 15 anos e pretendem recorrer


Publicação: 19/08/2011 17:44 Atualização: 19/08/2011 18:22
A irmã do borracheiro que matou a ex-mulher a tiros em um salão de beleza de Belo Horizonte comemorou a pena de 15 anos, definida nesta sexta-feira pela Justiça. Após o anúncio da sentença, Luciana Maria Estela Soares, de 40 anos, disse que em breve o irmão poderá voltar ao convívio dos familiares. “Infelizmente, quero pedir desculpas ao povo que queria a pena de 30 anos. Como José Arteiro falou, estamos no Brasil não nos Estados Unidos”, declarou.  "Estou até feliz. O povo aclamava 30 anos, mas ele só vai ficar 15. Daqui a três anos, ele está de novo na minha casa”, comemorou.
Já a sobrinha da vítima, Nayara Dutra de Morais, queria a pena máxima. “Quinze anos é pouco. Ele tinha de ser condenado a no mínimo 30. Ele matou duas pessoas, ela e o pai, que morreu sete meses depois”, afirmou. As duas partes não ficaram satisfeitas com a sentença e pretendem recorrer. O advogado da família da vítima, Marco Antônio Siqueira, achou que a acusação saiu vitoriosa, mas que a pena deveria ser maior, tamanha a gravidade do crime. Já o advogado de defesa, Ércio Quaresma, alegou que o réu não tem antecedentes criminais, e por isso, deveria pegar a pena mínima, que seria de 12 anos.

O crime

Por volta das 8h40 de 1º de janeiro do ano passado, Fábio invadiu o salão de beleza de Maria Islaine, no Bairro Santa Mônica, Região de Venda Nova, e disparou oito tiros a queima roupa contra ela. Quatro acertaram no peito, três nas costas e um na cabeça. Alguns clientes que estavam no local presenciaram o crime. A ação foi filmada pelas câmeras de segurança instaladas no interior do estabelecimento.O borracheiro teria cometido o assassinato por estar inconformado com o fim da relação e com a partilha dos bens. Ele já havia ameaçado a cabeleireira que registrou diversos boletins de ocorrência denunciando Fábio. Quando ela morreu, a família entregou cópias das queixas à polícia, alegando que a tragédia já era anunciada e que nenhuma providência havia sido tomada. Em abril de 2009, Fábio foi enquadrado na Lei Maria da Penha. Ele também tinha uma ordem judicial para não se aproximar de Maria Islaine.

Fonte: Portal Uai

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