Publicação: 06/11/2011 11:30 Atualização: 06/11/2011 11:40
Por pouco uma briga de casal não termina em tragédia na capital mineira. De acordo com a Polícia Militar, um jovem de 23 anos tentou estrangular a namorada no Bairro Anchieta, Região Centro-Sul, na manhã deste domingo. A briga aconteceu no apartamento do rapaz, identificado como Hugo Marques Gomide, de 23 anos. Após as agressões, o jovem teria tentado se matar ingerido medicamentos de uso controlado.
A PM chegou ao local depois que a jovem, que tem 20 anos, conseguiu escapar e ligou para o 190. A vítima disse aos policiais que essa não é a o primeira vez que é agredida pelo namorado. Ela contou que já registrou outras queixas de agressão e que iria solicitar uma medida protetiva de afastamento à Justiça.
De acordo com o boletim de ocorrência, as agressões teriam sido motivadas por ciúmes. O rapaz disse à polícia que a namorada saía sozinha e sempre chegava tarde. “Quando chegamos ao local, ele estava com o nariz sangrando e tinha tomado vários comprimidos. A suspeita é de que ele tentou se suicídar”, disse um policial que atendeu a ocorrência.
Por conta dos ferimentos, o jovem foi levado para o Hospital Life Center, onde permanecia internado até a manhã deste domingo. Segundo a PM, depois de liberado, o agressor será ouvido pela Polícia Civil. Ele deverá responder por tentativa de homicídio, lesão corporal e ameaça. Já a jovem, que sofreu ferimentos no pescoço, também foi medicada e liberada.
Fonte: Portal Uai
Comentário:
A reincidência da violência de gênero é uma morte anunciada, fazendo referência ao consagrado escritor Gabriel García Márquez. A vítima na matéria acima relatou que já havia feito várias queixas de agressão do namorado. A tentativa de homicídio foi mais uma etapa desso chamado ciclo de violência que começa com a primeira agressão, passa pela repetição e termina e resulta na morte da mulher. Outro fator foi o motivo fútil alegado pelo agressor para justificar a tentativa de homicídio. A incapacidade do agressor em resolver seus conflitos de forma não-violenta favoreceu a utilização de padrões violentos para solucionar os impasse no relacionamento. Nesse ponto identifica-se a importância da justiça determinar que o agressor passe por seções de grupos de ajuda para que esses padrões sejam desconstruídos e ele seja reajustado ao convívio social. Por fim, a protelação da vítima em fazer utilização das medidas protetivas da Lei Maria da Penha quase custou sua própria vida.
André Silva
Nenhum comentário:
Postar um comentário